O banco de sêmen da Faculdade de Medicina do ABC registrou a sua primeira gestação positiva. Trata-se de uma paciente de 41 anos que procurou o banco após dois anos de tentativas para ficar grávida.
A mulher, identificada apenas como I.S.S., disse ter adiado o projeto de ser mãe pelo fato de sempre ter estudado e trabalhado. Quando tentou engravidar, teve dificuldades e, logo em seguida, se divorciou do marido. Isso a fez decidir pela produção independente e a procurar um doador de sêmen.
Doadores - Criado em outubro de 2008, o banco de sêmen da Faculdade de Medicina do ABC sofre com a falta de doadores. Desde seu surgimento, recebeu somente 34 candidatos até agora, 13 dos quais já excluídos.
"A procura é muito grande e não temos quantidade suficiente para atender à demanda. Outro problema é a escassez de perfis específicos. A maioria das doações é de padrão brasileiro: pele parda, olhos castanhos e cabelos escuros. É muito difícil atender a casais orientais, judeus e negros", explica a biomédica Juliana Ornelas, coordenadora do banco.
A doação de sêmen tem o anonimato assegurado pelo Conselho Federal de Medicina. As únicas informações disponíveis aos interessados na fertilização in vitro são as características físicas do doador, entre as quais a cor dos olhos, cabelos e pele.
A escolha do sêmen é feita em conjunto com o médico e é obrigatória a semelhança entre o doador e o casal.
Homens interessados em ser doadores devem ter entre 18 e 45 anos, sem histórico de doença hereditária na família e que concordem com o anonimato. Não são aceitos portadores de doenças infecto-contagiosas, como hepatite e HIV. Os candidatos podem se inscrever gratuitamente pelo telefone 0800-770-7045 ou pelo e-mail duvidas.rephumana@fmabc.br.