Educação

Estudar no exterior já custa até R$ 85 mil



Estudar nas melhores universidades do mundo pode ser um plano custoso. Na norte-americana Harvard, melhor instituição de nível superior do mundo de acordo com ranking da publicação Times Higher Education, ou na britânica Cambridge, a 6ª da lista, o ano letivo não sai por menos de 85 000 reais - incluídas despesas acadêmicas, taxas e custo de moradia. O valor é alto se comparado às instituições particulares brasileiras e requer um investimento que não está ao alcance de todos. A menos que o candidato seja um felizardo herdeiro de milionários, só há três caminhos para realizar o sonho: planejar a graduação com muita antecedência, recorrer a empréstimos (no Brasil ou no exterior) ou contar com a ajuda de bolsas de estudo. Quando os especialistas falam em "planejar com muito antecedência", estão mesmo falando sério. Myrian Lund, professora de finanças da Fundação Getúlio Vargas, recomenda que as famílias de classe média comecem a poupar com até uma década e meia de antecedência. Assim, durante quinze anos, poderão economizar mensalmente 500 dólares (cerca de 840 reais) - uma opção é mandar esse montante para um fundo de renda fixa, como o CDB. Se o planejamento for feito em dez anos, deve-se separar 1 100 dólares (1 850 reais ), e se os interessados só dispuserem de cinco anos, terão de economizar 2.500 dólares ao mês (4 200 reais). Dada a dificuldade, Ioschpe aponta as alternativas. "Nos Estados Unidos, o crédito estudantil é facilitado e mesmo no Brasil é possível contrair um empréstimo bancário para bancar as despesas com o estudo no exterior", diz. "Deve-se levar em conta que o estudante terá o retorno desse investimento. Ele sai de um centro de excelência como Yale ou Oxford com a garantia de um bom salário."

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