Uma ampla operação foi deflagrada nesta terça-feira para combater uma das maiores organizações criminosas especializadas em pirataria digital no Brasil. A ação é resultado de uma força-tarefa entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).
Contando com a participação de 53 policiais civis e 7 peritos, a operação tem como objetivo cumprir 32 mandados de busca e apreensão em 11 cidades diferentes. A 2ª Vara Criminal de Araçatuba determinou ainda o bloqueio e a indisponibilidade de todos os ativos financeiros, incluindo criptoativos, de oito pessoas físicas e cinco empresas suspeitas de envolvimento nas atividades ilegais.
Oito Meses de Investigação
O trabalho é fruto de uma investigação de oito meses conduzida pelo CyberGaeco e pela Promotoria de Justiça de Penápolis, com apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) do 10º Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (DEINTER). A Associação Internacional de Combate à Pirataria Digital – La Alianza também colaborou com as diligências.
Rede Sofisticada
Com sede em Penápolis, a organização criminosa desmantelada era responsável por operar uma sofisticada rede ilegal de fornecimento de conteúdo audiovisual, popularmente conhecida como "Gatonet". A rede tinha ramificações em diversos estados brasileiros e fornecia dezenas de milhares de pontos de acesso ilegal ao conteúdo em todo o país.
Bloqueio de Domínios
Além dos mandados de busca e apreensão e do bloqueio financeiro, houve ainda a determinação judicial para o bloqueio de dezenas de domínios e IPs utilizados para a manutenção da rede ilegal de streaming.
Antecedentes Criminais
O chefe do grupo já havia sido preso em novembro de 2020, respondendo em liberdade por violação de direitos autorais. Segundo as autoridades, o processo criminal em andamento não foi suficiente para deter as atividades da organização, que também está sendo investigada por lavagem de dinheiro.