Legislação

MP consegue a condenação de 3 policiais civis por extorsão



A Justiça de Aparecida, no Vale do Paraíba, condenou três policiais civis da região por crimes de extorsão (duas vezes), abuso de autoridade, tortura e peculato. Dois deles foram condenados a 23 anos e 11 meses de prisão e o terceiro, a 20 anos de reclusão, no regime fechado. Todos os acusados ainda perderam o cargo de policiais civis. Presos preventivamente desde o recebimento da denúncia, não poderão apelar em liberdade, apesar de terem apelado as sentença. Os policiais L.G.P.G.S., M.M.R. e E.B.B., que trabalhavam em Aparecida e no Núcleo de Inteligência da Seccional de Polícia de Polícia de Guaratinguetá,foram presos e condenados após investigações do Grupo de Atuação Especial do Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Núcleo do Vale da Paraíba, em conjunto com a 1ª. Promotoria de Justiça de Aparecida. As investigações comprovaram que os três policiais facilitavam a prática de contrabando de mercadorias trazidas do Paraguai, mediante o recebimento de vantagens indevidas, e ainda extorquiam contrabandistas e comerciantes envolvidos com as operações ilegais. Um dos contrabandistas que pagava regularmente propina para os policiais foi detido por dois deles com 600 frascos de lança-perfume e passou a ser pressionado a pagar determinada quantia para que não fosse preso em flagrante. A extorsão foi feita abertamente no pátio externo de um posto de combustíveis na Rodovia Presidente Dutra, com uso de viatura da Polícia Civil. O homem foi liberado depois de pagar parte do que era exigido, mas os policiais ficaram com a carga de lança-perfume. Depois, passaram a ameaçar o homem e sua família para receber o restante do dinheiro. Os policiais chegaram a parar um ônibus que vinha do Paraguai e prenderam a esposa do extorquido que, diante das seguidasameaças, acabou se escondendo em Minas Gerais. Durante as investigações, M.M.R., um dos investigadores envolvidos, foi preso em flagrante com 17 porções de cocaína, armas não oficiais - sendo uma de uso restrito - e munições, além de material explosivo. Ele e os outros dois policiais estão presos preventivamente e não poderão apelar em liberdade. A sentença, da 1ª Vara da Comarca de Aparecida, foi proferida no dia 19 de fevereiro.

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