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Operação QI: gabaritos eram adulterados para beneficiar Prefeituras e Câmaras de Vereadores



As investigações do Gaeco- Grupo de Repreensão ao Crime Organizado identificou que os gabaritos de quatro concursos e de dois processos seletivos foram adulterados após a realização das provas, para que pessoas indicadas pelas prefeituras, câmaras ou pela própria vereadora fossem favorecidas. Em alguns casos, integrantes da quadrilha prestavam as provas já sabendo as respostas, com o intuito de obter boa pontuação e figurar entre as primeiras colocações no resultado final. Ao serem convocados, no entanto, os falsos candidatos desistiam. "A investigação não chegou ao ponto de identificar que o benefício foi em razão de questão partidária. Em alguns foi até em razão de favor da própria organizadora do esquema, e outros a pedido, por exemplo, de vereadores. A investigação O delegado revelou também que o esquema pode ter sido aplicado em outros municípios, além dos 31 já identificados nas regiões de Ribeirão e Rio Preto. A principal atuação quadrilha é na região”, disse. O Gaeco não descartou o cancelamento dos concursos públicos em que forem comprovadas as fraudes. No entanto, como as investigações realizadas até agora estão na esfera criminal, caberá ao Ministério Público de cada cidade ingressar com ações individuais, pedindo a anulação das provas. Os 17 suspeitos presos durante a operação Q.I. cumprem prisão temporária por cinco dias,mas a Justiça prorrogou por mais 30 dias. Os homens foram levados para a Cadeia deSanta Rosa de Viterbo (SP) e as mulheres para a Cadeia Feminina de Cajuru (SP).

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