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Operação QI: licitações cobradas não passavam de R$ 80 mil, diz Polícia



Candidatos supostamente beneficiados em concursos investigados pela Operação 'Q.I' deflagrada,detalharam como funcionava o esquema que envolveu autoridades públicas nas regiões de Ribeirão Preto e São José do Preto. Nos depoimentos, eles afirmaram que foram beneficiados com primeiras colocações mediante pagamentos para uma vereadora de Pradópolis , apontada como líder do esquema, disse o delegado Gustavo André Alves Há relatos de vagas garantidas por meio de troca de gabaritos preenchidos por meio de pagamento de até R$ 5 mil. A Polícia já identificou alguns beneficiados em concursos fraudados no interior de SP Também na terça, a polícia confirmou a prisão do advogado e ex-vice-prefeito de Miguelópolis(SP), considerado foragido da Justiça desde quando a operação foi deflagrada, em 16 de junho. De acordo com o delegado, ele também deu detalhes importantes que devem orientar novas apurações dentro do caso. Segundo Alves, aos outros 17 suspeitos presos há uma semana foi oferecida a possibilidade de delação premiada. Em meio aos depoimentos, o Ministério Público tenta concluir as investigações para pedir a prisão preventiva deles até quinta-feira (25), quando expiram as prisões temporárias. Segundo as investigações, pelo menos quatro concursos públicos e dois processos seletivos de Prefeituras e Câmaras no interior do Estado foram fraudados nos dois últimos anos. Candidatos explicam esquema A Polícia Civil confirmou ter ouvido três candidatos supostamente beneficiados em Pradópolis e outro em Guariba(SP). Todos confessaram o esquema e revelaram que pagaram a vereadora em troca de aprovação nas provas, informou o delegado. “No caso de um processo seletivo, ela ofereceu a vaga por R$ 3 mil a esse candidato que foi o primeiro colocado. Em outro concurso, ela ofereceu uma vaga por R$ 5 mil à candidata que ficou como segunda colocada”, disse o delegado. Segundo ele, os candidatos também explicaram como a fraude ocorria: o concorrente que pagava pela vaga fazia a prova, mas tinha o gabarito trocado por outro já preenchido, que ele apenas assinava. Isso garantia a presença do concorrente no certame e também a nota máxima que o classificava frente a outros. O delegado afirmou que também ficou claro como funcionavam os processos licitatórios fraudados. Segundo ele, esperando menor apuração fiscal, as licitações eram orçadas em até R$ 80 mil e que os valores eram distribuídos uma mulher e secretários municipais e servidores.

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