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Por fraude em recursos públicos, PF prende ex-prefeitos de Guarani D’Oeste e Turmalina



Os ex-prefeitos de Guarani d’Oeste (SP) e Turmalina (SP), municípios localizados na região de São José do Rio Preto foram presos na manhã desta terça-feira (7) durante a Operação Cajado, deflagrada pela Polícia Federal de Jales (SP). A operação investiga supostas fraudes e desvios de recursos públicos ocorridos durante a administração do ex-prefeito Odair Vazarin, de Guarani d’Oeste. De acordo com informações da Polícia Federal, também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos. Odair Vazarin e José Carlos Massoni serão indiciados pelos crimes de associação criminosa, apropriação indébita previdenciária, desvios de verbas públicas, peculato e estelionato. Ainda segundo a polícia, as investigações continuam para identificar outros membros da associação criminosa. Todo o material apreendido será encaminhado à sede da PF e os ex-prefeitos serão interrogados e encaminhados a presídios da região de Jales, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal Investigação A Polícia Federal passou a investigar os ex-prefeitos após o recebimento de uma requisição do Ministério Público Federal (MPF) sobre a instauração de um inquérito policial. Segundo a PF, o ex-prefeito Odair Vazarin praticou fraudes durante sua administração. Estimativas iniciais da PF apontaram que os prejuízos da cidade ultrapassaram R$ 4 milhões. Em um dos contratos suspeitos, uma empresa jurídica do Espírito Santo recebeu mais de R$ 130 mil da prefeitura por serviços que não teriam sido prestados. Parte dos valores pagos à empresa teria sido recebida pelo ex-prefeito de Turmalina, José Carlos Massoni, segundo a PF. A polícia também identificou pagamentos suspeitos de verbas trabalhistas a assessores da prefeitura e do ex-prefeito Mais de R$ 120 teriam sido pagos em indenização de férias e licenças-prêmio, de acordo com a polícia. O assessor jurídico da prefeitura na época teria recebido mais de R$ 70 mil, entre indenização de férias e licença-prêmio. No entanto, a polícia localizou uma viagem do servidor à Europa que não constava em pasta funcional. Dos 28 servidores comissionados, sete teria recebido o acerto trabalhista no último dia do mandato. De acordo com a PF, o pagamento do Consórcio Intermunicipal de Saúde e a Santa Casa de Fernandópolis não teria sido realizado regularmente e as parcelas de financiamentos debitadas dos contracheques dos funcionários também não teriam sido repassadas à Caixa Econômica Federal. A PF também identificou pagamentos suspeitos a determinados funcionários relativos a duas horas extras por dia proporcionais a 360 dias do ano. Ainda segundo a polícia, a atual esposa do ex-prefeito de Guarani d’Oeste foi contratada por ele como servidora comissionada da prefeitura. A Polícia Federal também vai apurar servidores públicos comissionados que foram aprovados em um concurso. O nome da Operação Cajado foi utilizado em alusão a um ditado popular que faz menção à obtenção de um resultado duplo com apenas uma ação.

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