O prefeito de Votuporanga, Jorge Augusto Seba, foi citado em uma queixa-crime ajuizada por D.A.A., que acusa Seba e outras duas pessoas, J.R.V.S. e A.L.A.J., de envolvimento em crimes previstos na Lei nº 11.101/2005 e no Código Penal. De acordo com a denúncia, Jorge e J.R.V.S., que são vizinhos e amigos íntimos de A.L.A.J., teriam participado de uma série de negociações fraudulentas, incluindo a aquisição de veículos em hasta pública e a celebração de contratos de empréstimo para favorecer A.L.A.J., sócio e administrador de empresas em recuperação judicial.
O caso
A denúncia gira em torno de operações financeiras e comerciais ligadas à empresa de um antigo sócio de Jorge Seba, identificado pelas iniciais A.L.A.J. Segundo a queixa, essa empresa encontra-se em recuperação judicial há mais de 10 anos, um procedimento utilizado para evitar a falência, onde o devedor negocia com os credores a reorganização de suas dívidas.
Apesar desse processo judicial, a denúncia alega que A.L.A.J. e sua família mantêm um padrão de vida elevado, levantando suspeitas de que estariam desviando e ocultando patrimônio por meio de outras empresas e de pessoas próximas. Essas alegações, no entanto, ainda estão sob investigação.
A participação de Jorge Seba
A principal acusação envolvendo o nome do prefeito Jorge Seba está relacionada à compra de veículos de luxo durante um leilão público, realizado no âmbito do processo judicial contra a empresa de A.L.A.J. A queixa-crime alega que os veículos arrematados por Seba incluíam modelos como BMW e Mercedes-Benz, que estariam anteriormente em posse do grupo econômico de A.L.A.J.
Posteriormente, segundo a denúncia, esses veículos teriam sido revendidos para uma empresa de outro conhecido de A.L.A.J, o que, segundo a denúncia, poderia indicar uma tentativa de ocultar bens para fraudar credores. A operação é descrita no documento como uma "simulação de negócios" para burlar o processo de recuperação judicial.